Parece que magnéticamente afastamos as pessoas. Principalmente se sabem do nosso problema. Dizem alguns que é até contagioso; "aff, pessoas negativas dão azar"...e batem 3 vezes na madeira.
Por vezes, na depressão queremos nos agarrar a um relacionamento como um náufrago se agarra a um colete salva-vidas. Mas corremos o risco de não sermos entendidos. Nossa aparente infelicidade agride. Nossa impaciência arranha quem as vezes está ao nosso lado pra ajudar no que for preciso, mas não sabem como. Um simples carinho, um silêncio como resposta na hora certa; é preciso paciência para lidar com um depressivo. E num mundo tão corrido, paciência é uma qualidade rara nas pessoas. Fica cada dia mais difícil esperarmos isto de alguém.
Do outro lado, o eufórico, em seus pensamentos mágicos acha que ninguém é o bastante. "Ninguém é capaz de me aturar. Ninguém é capaz de estar ao lado de alguém tão inteligente e especial e que requer tantos cuidados como eu", pensa o eufórico.
Se você presencia um assassinato, você pode denunciar ou ser cúmplice. Amar é ser cúmplice da sua paixão, é aceitar os defeitos do outro mesmo sabendo que ele está por vezes completamente errado. A paixão cega, mas o verdadeiro amor é incondicional.
Mas como uma pessoa que não aceita a si mesma consegue aceitar o outro? Como uma pessoa que não ama a si mesma pode amar uma outra? Muitas relações são mantidas por medo da solidão, por uma obsessão de um desejo projetado no outro; por idealizar que no amor pode estar a tão sonhada felicidade. Mas ela não deveria estar dentro de nós mesmos?
Daí vem as cobranças, as expectativas de que o outro seja o que nós idelizamos. Difícil lidar com tudo isto quando não estamos em paz com nosso próprio coração. As vezes cobramos que a outra pessoa seja feliz por dois. E nestes casos a crise é inevitável.
Solidão é uma realidade que bate à nossa porta. Parece que magnéticamente afastamos as pessoas. Principalmente se sabem do nosso problema. Dizem alguns que é até contagioso; "aff, pessoas negativas dão azar"...e batem 3 vezes na madeira.
Estou separado por medo da aceitação. Amo ela, e em um momento de muita fraqueza, terminei a relação achando que ela não era obrigada a passar por todos os tormentos comigo. Não consegui colocar tudo que escrevo na prática. Mas acho que nessas horas, uma conversa sincera é o melhor caminho para uma relação madura e equilibrada.
Não ache que pessoa amada vai demorar para perceber seu problema, ou a intensidade dele. É preciso então jogar as cartas na mesa. Deixar de se sentir uma vítima, perder o medo e se entregar. E antes que você espere que alguém te aceite como é, é necessário que você mesmo o faça. Abra seu coração, não fuja do amor (nem do amor prórpio), e deixe claro que a melhor ajuda é a compreensão gratuita, e que o amor pode vencer tudo.
Não existem fronteiras para distúrbios entre o cérebro e o coração. Então vamos abrir nossas cabeças e nosso corações ao novo. Vamos abrir primeiro nossas almas, e destravar portas e janelas para o mundo; para que o amor aconteça. Com desapego, liberdade e cumplicidade.
Porém, quem souber uma receita prática para que isto aconteca, por favor me diga...
Belo texto, muito coerente! Eu, numa tentativa de não me ferir nem ferir as pessoas, acabo me isolando, fechando o coração para o amor. E se ele bater à porta eu finjo que não tem ninguém em casa. Ou solto os cachorros pra pegá-lo.
ResponderExcluirIsso é muito triste,imagino o quanto é difícil,mas só Deus mesmo...
ExcluirPS: atualiza o endereço do MH aí na coluna ao lado, ainda tá com o blog antigo. Abraço
ResponderExcluirfaço consultas gratuitas nos buzios,
ResponderExcluirme envie um email com seus dados
segundachancenoamor@hotmail.com
no que puder ajudar terei prazer.
Muito Bacana seu blog.Sofro com a bipolaridade tbem e é muito complicado.
ResponderExcluirPessoal tbem tenho um blog onde posto assuntos novos todos os dias
ResponderExcluirsobre transtorno afetivo bipolar. Quem quiser dar uma olhada e só acessar www.polopolo-tab.blogspot.com. Deixem um comentário lá,ainda não recebi nenhum comentário,preciso de um feedback de vcs amigos sobre os assuntos que posto.Abraço a todos.
So um louco entende outro... estou com 30 anos e alguns relacionamentos falidos, sempre gostei de compromisso, tive relacionamentos longos durante as fases boas, antes dos surtos depressivos, passo um bom tempo bem, mas o problema sao os tempos ruins que ninguem entende, nem familia nem amigos muito menos namorados, estou pessima agora e extremamente sozinha, passo dias sem falar com ninguem pq ninguem quer falar comigo. Pq ninguem entende o que estou vivendo, o que sinto, psicanalistas? Psiquiatras? So um bipolar como eu entende como me sinto, entendo o que vc fala sobre o amor mas quero ainda apesar de saber que posso esta enganada acreditar no amor e que existe alguem que va nos amar apesar de quem somos. Poderiamos ser amigos? Preciso muito de alguem que me entenda: anakarenina@gmail.com
ResponderExcluirO fato de viver depressivo por uma vida toda me fez depender emocionalmente quem estava comigo na relação pra tentar se feliz, isso me anulou e tornou todas as minhas paixões obsessivas compulsivas, hoje vago vítima do platonismo buscando quem me entenda, nesse mundo louco das palavras, nesse mar de sofrimento sem sentindo:
ResponderExcluirwww.daysofdespondence.blogspot.com.br
Olha um tb em pleno 2014 dando as caras...
ResponderExcluirMeu Deus isso é tão eu...quando você falou "Não ache que pessoa amada vai demorar para perceber seu problema..." eu fiquei pensando no que fiz há uns meses atrás, simplesmente afastei a pessoa que gosto de mim, por medo de quando ela percebesse que eu não passava de uma louca, fosse me deixar, e eu não o culparia, pelo contrário, fui lá e fiz por ele, terminei o "projeto de namoro" e foi cada um para o seu lado, mas o engraçado disso tudo é que eu ainda gosto dele, e queria tentar de novo, mas a minha fama de mudanças de humor acompanhada do medo, não sumiu...Estou em um grande dilema se abro meu coração de novo para ele, ou deixo como está, porque talvez deve ser melhor assim, e se acontecesse aquela merda toda de novo? E por minha culpa? Enfim, eu só não quero passar a minha toda andando por essas estradas do "talvez" e "se's"...
ResponderExcluirOlá! Passo por algo parecido. Você conseguiu voltar com seu relacionamento? O meu namorado não aceita que tem problemas de humor, tomou remédio por um tempo, melhorou e parou.
ExcluirVive terminando comigo, oras me ama, oras não ama mais. Sinto que ele tem muito medo, tem 43 anos e nunca teve um relacionamento duradouro. O que será que devo fazer? Amo muito ele e quero estar sempre perto para ajudá-lo.
Ainda tá com ele? Espero que sim! Assista Uma Mente Brilhante
ExcluirEstou nesta,ainda tentei suicidio 4 vezes, sendo na infância o primeiro, na adolescência o segundo, o terceiro aos 27 e agora aos 30, há 4 semanas...o ultimo foi o pior, mais convicto da necessidade de morrer... sinto minha vida sem sentido, e os polos eufórico/depressivos têm uma dimensão beeem acentuada. Desejo uma boa vida a todos nós, aquele tipo de vida que requer uma reconstrução tão intensa, tão à miúde... abraços a todos
ResponderExcluirNossa Maria Virgínia, força!
ExcluirConte-nos mais sobre sua experiência, se quiser e puder, claro.
Todos temos nossas histórias né?
A todos, muito força, conseguiremos!
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ExcluirPassei por coisas semelhantes minha vida inteira, esquecer quem eu sou por causa de outras pessoas. Amava tanto, que depois deprimia quando perdia.
ExcluirTenho um relacionamento equilibrado de alguns anos, dos quais passamos por muitas dificuldades, incluindo pessoas infelizes que tentaram destruir meu relacionamento pois era uma pessoa com as mesmas dificuldades que eu tinha. Ela não sabia se amar primeiro e queria alguém pra preencher o vazio dela e nisso, ela tomou um tanto de atitude egocêntrica, sem coração, sem alma.
Enfim, senti raiva, achei muito egoísmo, muito falta de respeito mas depois entendi, que essa pessoa tinha problemas psicológicos também,que ela precisa ser amada também, e hoje, continuo buscando perdoa-la.
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