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Um pouco sobre bipolaridade, transtornos de humor, depressão, ansiedade...
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#depressão #ansiedade #tdah #bipoloaridade #pânico #distimia #melancholia
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ressonância magnética pode ajudar a identificar bipolaridade


Exame também pode ajudar no diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade 


Pesquisadores apontam que o uso de exames cerebrais por imagem, para observar como o funcionamento da memória é influenciado pelas emoções, pode ajudar a identificar crianças que sofrem de transtorno bipolar ou do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).


Diferenciar os dois transtornos baseando-se apenas em medidas comportamentais é tarefa difícil para os médicos. Porém, os pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago, afirmam que as novas descobertas podem ajudar nos esforços para desenvolver exames de diagnósticos baseados tanto em marcadores neurológicos como em comportamentais.


No estudo foram utilizados exames de ressonância magnética funcional para observar as atividades cerebrais de crianças e jovens enquanto os mesmos realizavam tarefas de memória, ao mesmo tempo em que visualizavam rostos com diferentes emoções. Os participantes tinham entre 10 e 18 anos, sendo que 23 deles sofriam de transtorno bipolar, 14 de TDAH e 19 não apresentavam nenhum dos dois problemas. Os autores do estudo ressaltaram que aqueles que sofriam de um dos dois transtornos não estavam tomando medicação.


Segundo o relatório publicado na edição de outubro do Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, em comparação aos participantes do grupo de controle, aqueles que sofriam de um dos dois transtornos apresentaram disfunções no córtex pré-frontal - área que controla o comportamento (como a impulsividade), as funções executivas, a memória de trabalho, a atenção e a linguagem.


O estudo constatou que os participantes com TDAH foram os que apresentaram as disfunções mais severas no córtex pré-frontal, mas os que sofriam de transtorno bipolar apresentaram maiores deficiências em áreas cerebrais envolvidas no processamento e regulagem das emoções.


"Esperamos que, ao conseguir diferenciar melhor esses dois graves distúrbios comportamentais, possamos desenvolver diagnósticos mais precisos e tratamentos mais direcionados para o transtorno bipolar e o TDAH", disse em um release Alessandra Passarotti, professora assistente de psiquiatria na Universidade e principal autora do estudo. (FONTE: http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=7&idnot=35385)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz a ciência (Revista Galileu)

Pessoas com o gene da "vespertalidade" têm predisposição para acordar tarde.


Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.
O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência. 
Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.
Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.
O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.
A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.
A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.
O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.
O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.
E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.

Leia a matéria - Revista Galileu

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Andando descalço sobre as estrelas....

Oh Madrugada profunda e sedutora....deixo-me cair embriagado em teus braços....até quando irás me prender na teia dos teus vícios????????

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Esquema de Remédios: da Apatia à Bipolaridade

Vou relatar aqui os remédios que me foram passados nesses 3 meses de tratamento:


Após uma forte crise de insônia, por problemas profissionais, veio um crise depressiva. Coisa que nunca tinha tido. Depois de algumas visitas a psicóloga e a psiquiatra segue o resultado:

1. Esquema:
Manhã: Fluoxetina 10mg + Frontal 0,5mg
Noite:   Rivotril 0,5mg + Frontal 1,0mg
Resultado: Fiquei muito agitado de dia. A noite o remédio fazia efeito muito tarde e causava o efeito rebote. Eu dormia muito de dia.

2. Esquema:
Manhã: Fluoxetina 20mg + Frontal 0,5mg
Noite: Stillnox 10mg + Frontal 10mg
Resultado:  Fiquei mais ansioso ainda. A noite o sono não chegava.

3. Esquema (segunda médica):
Manhã: Lexapro 10mg
Noite: Carbolitium 450mg + Lorax 2mg + Imovatec7,5mg
Resultado: Fiquei mais ansioso ainda de dia. Mais ansioso ainda a noite. Sono zero!

4. Esquema:
Manhã: Apraz 1mg
Noite:  Depakote 500 + Apraz 1mg + Imovane 7,5 + Celebrim 20
Resultado: Muito sono de manhã. Ansiedade a noite.

5. Esquema:
Manhã: 1/2 Depakote 500 + Roxetin 20
Noite: 1/2 Depakote 500 + Rivotril 2mg + Stillnox
Resultado: Finalmente um certo equilíbrio. Porém mais apático. Tanto pela manhã como a tarde.
                 Certa dificuldade para dormir também.

Resumo  geral:
Os estabilizadores de humor não poderiam ter sido passados a noite. Era o que estava prejudicando meu sono. Anti-depressivos também não funcionaram, pois me causaram muita ansiedade. A solução está caminhando para usar estabilizadores pela manhã, o que me motiva mais, e remédios que induzam o sono bem cedo da noite em uma dosagem mais forte. Esse último esquema foi passado esta semana. é aguardar e conferir...

Canções do Mundo Acabado Cecília Meireles

Canções do mundo acabado
Cecília Meirelles


Meus olhos andam sem sono,
somente por te avistarem
de uma tão grande distância.

De altos mastros ainda rondo
tua lembrança nos ares. O resto é sem importância.

Certamente, não há nada de ti
sobre este horizonte,
desde que ficaste ausente

Mas é isso o que me mata:
sentir que estás não sei onde,
mas sempre na minha frente.

Não acrediteis em tudo
que disser a minha boca
sempre que te fale ou cante.

Quando não parece, é muito,
quanto é muito, é muito pouco,
e depois nunca é bastante...

Foste o mundo sem ternura
em cujas praias morreram
meus desejos de ser tua.

A água salgada me escuta
e mistura nas areias
meu pranto e o pranto da lua.

Penso no que me dizias,
e como falavas, e como te rias...
Tua voz mora no mar.

A mim não fizeste rir
e nunca viste chorar.

(Porque o tempo sempre foi longo
para me esqueceres
e curto para te amar).

sábado, 11 de dezembro de 2010

Nova consulta na psiquiatra, nova mudança medicamentosa!

Fato: Faltam médicos na área de psicologia e psiquiatria nesse país.
Demoro horrores pra conseguir uma consulta, com uma médica que tem a agenda mais difícil que a do governador.
As medicações são prescritas por puro palpite, só pode. Dois minutos de papo e lá vem outro esquema. As vezes dá vontade de procurar um neurologista, pedir um sossega leão, dormir profundamente por uns 15 dias, e só depois voltar pra psicóloga e pra psiquiatra.
Qualquer pessoa que dorme às 4 da manhã e acorda às dez....vai ter algum tipo de problema de cabeça.

Fico pensando nas celebridades que abusam de remédios, e acabo por entende-los. São pessoas que vivem intensamente. Vivem de extravasar suas emoções e ainda aguentar o pique de shows e agendas lotadas. A pessoa pira a cabeça. 

Marlyn Monroe, Elvis, Elis Regina, Michael Jackson e tantos outros....acho que viviam deseperados porque não dormiam.
Enfim, vou continuar na tentativa. Mas não vou ter tanta paciência. Pra ficar nessa ansiedade e depressão, prefiro minhas euforias de sempre. É aguardar pra conferir....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Botão da Euforia: Ligar ou Desligar?

Até agora a única coisa que esses remédios me trouxeram foi medo e angústia.
Meu problema principal, que é o sono ainda não foi resolvido.
Em uma das primeiras reportagens que vi sobre bipolaridade, foi perguntado a um paciente bipolar tipo 1:

- Se houvesse um botão que desligasse sua euforia, você deixaria ele desligado?
A resposta foi:
- Nem por todo chá da China!

Achei um absurdo isso na época. Hoje vejo que muitos dos remédios usados no tratamento anulam a energia de quem sofre desse mal, ao ponto do doente preferir ficar sem o remédio e com o estado da euforia. Hoje eu entendo porque o tratamento é tão difícil.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um bipolar à deriva....

Ainda não aceito a doença.
Minhas "euforias" nunca me trouxeram problemas reais.
Minha indisposição pela manhã também nunca me trouxe "depressão".

Meus comportamentos anormais eram:
Nunca sentia fome;
Nunca sentia sono (demorava mto para dormir);
Nunca me sentia cansado...

Mas um problema na empresa me deixou dias sem dormir, e entrei em um processo depressivo muito forte. Nunca tinha experimentado isto. Procurei uma psicóloga, e agora ando juntando as peças desse quebra-cabeça.

Continuo com problemas para dormir. Hoje durmo por volta das 4hs da manhã até onze ou meio-dia. Isso tem atrapalhado toda minha vida.

Fui a psiquiatra ontem e houve mais uma mudança no esquema de remédios.
Vamos ver no que dá...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sintomas Crônicos da minha Bipolaridade

Antes dessa minha crise depressiva mais forte, me considerava uma pessoa normal.
Mas com uma característica peculiar, que a minha psicóloga vem questionando.
Pela manhã sou uma topeira. Levanto da cama sem o menor ânimo, seja qualquer hora que acorde. E a noite estou elétrico e bem eufórico.
Desta forma, fui considerado bipolar pela psicóloga, porém a psiquiatra não fechou ainda o diagóstico dela.
O fato é que já mudei nesses 4 meses de tratamento duas vezes de psiquiatra e já vou no quarto esquema medicamentoso. Acho que eles vão passando vários remédios e testando na pessoa. Complicado isso....o fato é que não consigo dormir cedo, e isso vem prejudicando bastante minha vida e minha saúde.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Primeiros Sintomas da Bipolaridade

Estou tendo sério problemas de sono. Nenhum medicamento funciona. 
Assim foi desencadeada minha crise depressiva. Dias sem dormir.
Já tinha vivenciado ansiedade, angústia, euforia e momentos tristes.
Mas depressão, daquelas de não querer sair da cama, nunca tinha sentido.
É a pior coisa que alguém que  tem euforia pode sentir.
Os pensamentos continuam rápidos, mas seu corpo não responde. Ao contrário, ele adoece.
Pernas e braços dormentes, aperto no peito, desconforto abdominal, ombros pesados e um cansaço inexplicável.

Primeiro Dia: Bipolar de primeira viagem:

Hoje consegui lavar uma pia cheia de pratos!
Foi uma vitória. Parece tarefa simples, mas não para quem tem TOC.
Vou começar algo que sempre quis ter, mas pela minha hiperatividade nunca consegui, um diário. Infelizmente usarei ele pra contar a minha história e a história da minha doença.